sexta-feira, 1 de junho de 2012

Perdi a cabeça por uma aventura



Não costumo aceitar rótulos, mas ninguém está salvo de ser denominado por uma marca em sua personalidade. Pra mim, rótulo é importante principalmente para remédios, mas acabo levando a fama de amargo, (então sou um remédio tarja preta), pois dizem que nunca escrevo nada sobre romances, amores, e coisas do gênero. Mas fiz uma viagem para o estado do Amazonas a barco, precisamente pelo rio Solimões, e conheci uma mulher que mudou minha vida, e forneceu matéria para esse texto.

Foram três dias de viagem, dormindo em redes de segunda classe. Além de toda beleza da natureza amazônica, da própria navegação em alta floresta, o que me deixou aparvalhado foi a quantidade de bebidas alcoólicas que consumi no trajeto, não chegou a ser o fim do mundo, mas foi quase. O resultado foi uma tonteira monumental, da qual eu achava ser vítima por causa do enjoo por viajar a barco. Então conheci a mulher da minha vida: Já era tarde, e os ocupantes do barco dormiam, quando ouvi alguém me chamando. Era uma voz linda, parecia estar cantando, entoando cada palavra do meu nome, que é Deocleciano. Não acreditei quando vi a mais bela mulher que já conhecera em toda minha vida, fazendo gestos maliciosos e suplicando por minha atenção. E contando aqui, vai parecer história de pescador, mas juro pela alma de minha ex-quase-sogra, que era uma sereia.

Sim, incrédulos leitores, e não era morena de cabelos negros e olhos castanhos (como diz a lenda), e sim, loirinha dos olhos azuis.
A lenda conta que a linda sereia fica nos rios do norte do país, onde costuma viver. Nas pedras das encostas, costuma atrair os homens com seu belo e irresistível canto. E cantava Whitney Houston em alto e bom som, e confesso que até gostei, mas preferia Cyndi Lauper. Como não estava em condição de escolher, pois já tinha um semestre que não ficava com nenhuma mulher, pulei na água sem pestanejar, mas quando me aproximava do meu objetivo (a linda sereia, claro!) lembrei de que não sabia nadar. E com meus gritos desesperados fui salvo, mas depois desse dia tive que parar de beber, pois me acusaram de ficar embriagado e tentar suicídio, coisa que não era verdade. E ninguém acreditou no meu relato!


"A verdade está lá fora, procurando uma companhia agradável para passar a noite"...

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