terça-feira, 10 de julho de 2012

A vida como deveria ser




Então sou uma criança. Uma criança bonita e feliz, pois tenho uma família estruturada e meus pais não se conheceram por acaso, ambos tem um sentimento recíproco e estão determinado seguir a mesma direção, juntos. Somos uma família parecida com aquelas de comercial de margarina, todos sorridentes tomando café da manhã juntos. Largo meus brinquedos e estou a caminho da escola, onde os professores lecionam com absoluta certeza de que formarão futuros cidadão exemplar para a sociedade. Sou muito cobiçado pelas menininhas da minha idade, mas meu único pensamento e estudar e me divertir no recreio, pois além de CDF possuo a capacidade de ser um bom jogador de futebol. Tenho muitos amigos. Tenho prazer de chegar no carro do meu pai. A Carolina quer me namorar, mas ainda sou muito criança. Dei uma oportunidade pra ela, pois já estou na adolescência. Ela é linda. Ganhei meu primeiro carro porque passei no vestibular. Continuo um aluno exemplar e admirado por todas as moças, mas jurei amor eterno a Carolina. Estou em todas as baladas na noite e no meu emprego que na verdade é um estágio. Minha família apoia cada passo meu, minha ex-namorada me odeia por ter deixado ela por aventuras. E são muitas por causa da minha aparência atlética e promessa de futuro garantido. No meu mundo não existe lugar para drogas e álcool, afinal não preciso fugir da realidade. Vou parar agora porque estou indo para o clube e terei que escolher entre várias moças qual irei proporcionar momentos divertidos. Somos jovens cheios de energia e felizes, como nos comerciais de iogurte. Tenho que ir, tenho academia e aula na Faculdade. Inglês duas vezes na semana. O professor de violão tá cobrando maior empenho, tenho que melhorar. O estágio acabou e agora sou um profissional bem sucedido. Meu pai ajudou a comprar meu apartamento e já penso em me casar com a Christiane. O carro importado e esportivo chama atenção por onde passa. Tenho vários amigos. Tenho que ir, aliás, tenho que voltar para minha realidade que na verdade é tudo ao contrário relatado anteriormente.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Quando o suicídio é a solução


E então está chegando a hora...

Mas é com muito pesar que chego ao fim da minha história:

Sempre quis ser famoso, mesmo saindo na página de um jornaleco qualquer.
Sendo entrevistado por ter feito algo de importante, escrito um livro ou uma música pop idiota para tocar em rádios e ter um grande número de fãs... Ou mesmo fazer carreira no cinema, mas nada disso foi possível. E o pior: o tempo passou. Não prestei nem para constituir família e arranjar um trampo em alguma multinacional que desse possibilidade de adquirir um carro popular em 72 vezes! Que vida ordinária foi essa? Atravessei a rua sem prestar atenção e a consequência foi traumática: para não me atropelar o motorista jogou em cima de um cachorro de rua, tirando-lhe a vida: Pobre cachorro, aposto que irão sentir mais falta dele do que se fosse eu a vítima!

Não satisfeito peguei emprestado um carro de meu amigo (um Chevette) e acelerei para um rio próximo de minha residência, mas na metade do caminho ele resolveu quebrar e aí acabei morrendo: em 500 pratas para arrumar aquela merda! Mas fui a pé porque de qualquer forma não poderia mais adiar meu desejo de colocar um fim em minha vida mesquinha.

Na beira do rio não pensei duas vezes: fechei os olhos e pulei, mas na primeira tentativa caí em cima de uma gorda que se bronzeava e tamanho foi meu susto: ela fazia top less: aquilo era mais feio que a morte! Caí para trás assustado, quando apareceu do nada um carinha fazendo respiração boca a boca, mesmo eu estando acordado e aos gritos mandando parar. E então está chegando a hora...

Voltei para casa com sentimento de fracasso e reclamando de Deus e o mundo por ser tão azarado! Quando abri a porta me deparo com todos meus amigos aguardando minha volta com uma festa de arromba para comemorar meu aniversário, e não tendo outro jeito troquei a música que embalava a festa (Funk) por aquela que diz que o mundo está acabando/e eu me sinto bem...

Rapidinhas



- Tá cliché falar mal, mas o programa Encontro com Fátima Bernardes não convenceu. A ex apresentadora do Jornal Nacional que possui uma imagem consolidada de ser muito séria, em sua nova empreitada ficou parecendo "forçada", até me lembrou a propaganda da cerveja Devassa com a Sandy, onde tentaram criar um perfil sexy e sedutor da cantora que vai na contramão de sua imagem de "santa" de anos atrás.

E o programa é "Mais do Mesmo", você já assistiu algo parecido e melhor.

- Tá na moda artista fora da mídia voltar com declarações polemicas, seja a respeito de sua sexualidade ou mesmo uso de drogas. Muito fácil depois de esquecido pela mídia voltar aos holofotes dessa maneira, quero ver a coragem de assumir essa postura é quando se está no auge. Não vejo exemplo algum para a juventude um integrante de uma "Boys Band" sair do armário aos 40 anos ou uma artista da Globo que agora aos 70 anos vem confessar que usava drogas ilícitas. Patético!

terça-feira, 26 de junho de 2012

Cigarro, vício ou paixão?




Tenho plena consciência que o hábito de fumar é terrível. Nem preciso olhar a parte de trás de um maço de cigarros para saber dos perigos para a saúde, já que não fico mais assustado com aquelas fotos horríveis que tem a intenção de chocar os fumantes.

E particularmente, tenho seguido uma disciplina rígida, em que só me permito fumar aos finais de semana, especificamente iniciando na Sexta Feira, após a primeira cerveja da noite. Não sei se seria correta essa comparação, pois, muito tempo não vivo essa situação, mas imagina um adolescente apaixonado pela namorada em que passa a semana inteira contando os minutos para se encontrar com a amada... Sou eu com esse maldito vício, a ansiedade é total, e depois do primeiro fico agarrado noite toda, querendo recuperar o tempo perdido. E porque não largo o cigarro de vez? Vou fazer a mesma comparação novamente, imaginem que o tal casal apaixonado se separem: No início é normal o estado de negação, de imaginar porque e como ficou tanto tempo junto com a pessoa. Inventa defeitos e tenta esquecer os bons momentos vividos juntos. Passa o tempo e aparece um vazio enorme, aquela era a pessoa que você compartilhava suas alegrias e tristezas: Igual ao cigarro!

É uma espécie de ritual, acender um depois do café, do almoço, após uma situação estressante, em uma conversa de bar, saída do cinema e por aí, é normal como seria um casal de namorados andar de mãos dadas. E apesar das mulheres repudiarem tal ato, após o sexo já é clichê fumar um pra relaxar,é quase um segundo orgasmo, mas vale lembrar que pior que isso é fazer a clássica e abominável pergunta: “Foi bom pra você”?

"A verdade está lá fora, pitando um cigarrinho"...